Orando com as Escrituras

Orar pode ser muito mais desafiador do que pregar, e isso é algo que muitos discípulos de Jesus enfrentam. Um dos motivos para essa dificuldade é que muitas vezes tentamos “inventar” a oração. Pense nisso: é complicado manter uma conversa longa com alguém que você não conhece bem. Já passou pela situação de estar em uma sala de espera e precisar puxar assunto com um desconhecido? É desconfortável.

Da mesma forma, temos dificuldade em orar porque, muitas vezes, não sabemos qual é o “assunto” que Deus quer tratar conosco. No início de um propósito, como um jejum de 21 dias, no primeiro dia conseguimos orar por vários temas: família, trabalho, situações do dia a dia. Mas, com o passar dos dias, começamos a repetir os mesmos pedidos, e a oração pode parecer monótona.

Por isso, o que quero compartilhar com você hoje é a importância de orar a Palavra de Deus. Quero te ensinar e conversar sobre como usar as Escrituras em nossas orações. Vamos praticar isso juntos.

Abra sua Bíblia em 2 Coríntios, capítulo 3. Vamos focar no versículo 16, mas antes, vou te explicar o contexto. Paulo usa a figura de Moisés, que cobria o rosto com um véu devido à glória de Deus refletida nele. Esse trecho vai nos ajudar a entender como a Palavra pode transformar nossa vida de oração.

Paulo explica que, mesmo quando os judeus liam a Lei, um véu permanecia sobre seus rostos, impedindo-os de enxergar claramente. Apesar de terem as Escrituras diante deles, não conseguiam ver a revelação de Cristo nelas. No entanto, o versículo 16 traz uma mensagem poderosa: “Mas quando alguém se volta para o Senhor, o véu é removido.”

Isso se aplica não apenas aos judeus, mas também a nós. Quando nos voltamos para o Senhor, o véu que nos impede de ver é retirado. O texto continua dizendo: “Ora, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” Isso significa que, ao contemplarmos o Senhor com o rosto descoberto, refletimos Sua glória como um espelho. E, nesse processo, somos transformados, de glória em glória, à Sua imagem, pelo Espírito do Senhor.

Mas o que significa “voltar-se para o Senhor”? É como ter um véu removido, como ter as escamas dos olhos caídas, como ser curado de uma cegueira espiritual. É começar a enxergar Cristo e perceber Deus nas Escrituras. Antes, aquilo que era obscurecido agora se torna claro.

Por que isso é importante? Porque contemplar a glória de Deus é o único caminho para sermos transformados. Muitas vezes falamos sobre santidade, sobre ter uma vida reta e vencer o pecado, mas tentamos fazer isso sozinhos, na força do nosso próprio braço. No entanto, frequentemente falhamos. Podemos até ter sucesso por um tempo — dias, semanas, talvez meses — mas logo caímos novamente.

É por isso que a transformação verdadeira só acontece quando olhamos para a glória de Deus e permitimos que o Espírito trabalhe em nós, moldando-nos à Sua imagem.

Muitas vezes, as mudanças que tentamos fazer são externas: ajustamos comportamentos, alteramos rotinas, evitamos certas situações ou até mudamos de ambiente. No entanto, com o tempo, acabamos voltando aos mesmos erros. Por quê? Porque essas mudanças não transformaram o interior.

A transformação interior só ocorre de uma forma, e Paulo explica isso claramente: somos transformados de glória em glória, à imagem do Senhor. Isso significa que nos tornamos aquilo que contemplamos. Quem você é hoje é resultado daquilo que passou a vida inteira contemplando.

Pense nisso: vivemos a cultura brasileira não porque estudamos livros sobre ela, mas porque estamos constantemente imersos nela, observando e absorvendo o comportamento dos brasileiros ao nosso redor. O que contemplamos repetidamente molda quem somos.

Da mesma forma, para nos tornarmos semelhantes a Jesus, precisamos contemplá-Lo. Não há outro caminho. É impossível copiar o que não vemos. Jesus nos chama de Seus discípulos, aqueles que O seguem. Mas como podemos seguir algo que não enxergamos?

Por isso, é essencial contemplar o Senhor, conhecê-Lo de forma profunda e constante. É por isso que momentos como esse, de jejum e oração, são tão importantes. Ao orar e cantar pedimos: “Senhor, abre os nossos olhos, queremos te ver.” Contemplar a glória de Deus é o único caminho para uma verdadeira transformação.

Um exemplo disso é a história de Saulo, que depois se torna Paulo. No caminho para Damasco, Saulo teve um encontro com o Senhor que mudou completamente sua vida. Foi ao contemplar a glória de Cristo que ele foi transformado para sempre.

Saulo teve um encontro com o Senhor, uma visão impactante que transformou sua vida, e provavelmente viveu outras experiências semelhantes ao longo de sua jornada. Esse tipo de contemplação “drástica”, em que Jesus aparece de forma direta — seja em uma visão, sonho ou situação extraordinária — é realmente marcante. Todos nós oramos para, um dia, viver algo assim.

Mas a verdade é que muitos cristãos passam a vida inteira sem ter uma experiência tão intensa como a de Saulo ou a de João na ilha de Patmos. Eu mesmo nunca vivi algo desse tipo. Então, do que estamos falando quando mencionamos “contemplar Jesus”? Estamos falando de algo que vai além das experiências sobrenaturais: contemplar o Senhor na Sua Palavra.

Embora essas experiências drásticas sejam incríveis, elas não eram constantes nem mesmo para os apóstolos. Saulo, João e outros tiveram uma, talvez algumas, ao longo de toda a vida. No entanto, o que eles faziam todos os dias era contemplar o Senhor de outra forma: dedicando-se a conhecê-Lo, estudando as Escrituras e vivendo em comunhão com Ele.

Quando Paulo escreve à igreja de Corinto, ele não sugere que fiquem apenas orando e esperando que Jesus se manifeste de maneira espetacular. Pelo contrário, ele os encoraja a contemplar o Senhor diariamente, seja em família, sozinhos ou, principalmente, por meio da Palavra. Essa é a prática constante que transforma e sustenta a fé.

Para contemplar o Senhor, precisamos aprender a meditar. E qual tem sido o problema? Estamos sempre com pressa, passando rápido por tudo. Algo que tem me incomodado profundamente nos últimos dias é o hábito de consumir conteúdo em formato de “cortes”, como no Instagram. Pegam uma mensagem de uma hora e nos entregam 20 ou 30 segundos. Isso pode ser útil como isca para nos motivar a assistir ao conteúdo completo, mas o problema é que estamos ficando viciados em pílulas rápidas, em resumos.

Só que não existe “contemplação rápida” do Senhor. Não há “meditação instantânea”. A palavra “meditação”, nas Escrituras, tem muito a ver com o ato de mastigar, de processar lentamente. Se você já foi a um nutricionista, talvez tenha ouvido que deve mastigar a comida 20 vezes antes de engolir. A ideia é transformar o alimento em algo completamente digerível, extraindo ao máximo seus nutrientes.

Curiosamente, isso reflete um problema mais amplo em nossas vidas: não sabemos mais “mastigar”. Alguém precisa nos ensinar a fazer algo tão básico. Hoje, existem até aplicativos que nos ensinam a respirar. Olha o nível em que chegamos! Estamos tão acelerados que coisas simples, como mastigar ou respirar, precisam de lembretes. Até meu relógio tinha um recurso que apitava para eu me lembrar de respirar — tive que desligar porque era surreal.

Meditar na Palavra de Deus é como mastigar: é o processo de extrair todos os nutrientes espirituais que ela contém. Quando oramos com base na Palavra, estamos praticando exatamente isso: a meditação. Vou dar um exemplo prático. Estou há quase um mês em Colossenses 1. Alguém pode perguntar: “Mas você não vai terminar sua meta de leitura anual?” Não, porque não tenho uma meta de leitura. A Bíblia não é um livro para cumprir metas; é um livro para a vida inteira.

Fique tranquilo, temos ainda muitos anos pela frente, talvez 50 ou 60, especialmente se cuidarmos da saúde e fizermos exercícios físicos — embora essa parte seja mais difícil para alguns! O ponto é: temos bastante tempo, e a Bíblia é um livro para toda a vida.

É claro, estabelecer metas de leitura é importante. Se você quer ler a Bíblia inteira em um ano, em 90 dias ou até em um mês, isso é ótimo! Faça isso! Mas o convite aqui é diferente: estamos falando de meditar na Palavra, o que não se trata de quantidade, mas de qualidade e profundidade.

Por exemplo, estou há algum tempo refletindo em Colossenses 1, especialmente no trecho que diz: “Ele nos tirou do império das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.” Em vez de simplesmente passar por cima, eu paro em cada versículo, mastigo suas palavras, reflito profundamente.

Quando leio “Ele é a imagem do Deus invisível”, me detenho e penso: espera aí… isso significa que o nosso Deus, antes invisível, agora tem uma imagem! E não é uma imagem que eu ou qualquer outro ser humano inventou ou projetou, mas algo que Ele revelou a nós. Muitos adoram deuses invisíveis moldados à sua própria imagem e semelhança, mas nós não. Nós temos um Deus que se fez visível, que pode ser ouvido, visto, tocado. Ele revelou quem é por meio de Jesus.

E então, nesse momento de meditação, você começa a orar: “Obrigado, Senhor, porque não adoramos mais um Deus desconhecido ou invisível. O Senhor se revelou a nós através de Jesus, e agora sabemos quem Tu és. Obrigado por essa graça, porque em Jesus está estampada a Tua face.”

E então, mais uma reflexão surge: “Peraí, Ele disse que eu sou feito à imagem d’Ele também.” Essa descoberta, feita na calma e na profundidade, transforma não apenas sua mente, mas sua vida. É isso que significa meditar na Palavra.

Agora eu posso perguntar ao Senhor: “Como posso crescer para refletir mais a Tua imagem? Como posso olhar mais para Jesus e entender quem realmente sou?” E, com essa oração, a meditação começa.

Ao pensar em Jesus como o primogênito de toda a criação, me detenho: espera aí, isso significa que Ele é o herdeiro de tudo! Na cultura bíblica, o primogênito é aquele que herda tudo. Então, tudo o que foi criado foi feito para Ele herdar. E isso me leva a uma descoberta poderosa: eu sou parte dessa herança. Minha vida é uma herança celestial, um presente para Ele.

Isso é transformador. Paro e reflito: “Eu sou a herança do céu, eu sou o tesouro de Jesus. Quando o Pai quis dar um presente ao Filho, Ele pensou em mim. Ele não escolheu um anel de diamante ou um objeto qualquer, mas me criou para ser a herança do Primogênito.”

E, nesse momento, todas as palavras negativas que ouvi ao longo da vida começam a perder força: “Você não vale nada. Você nunca vai conseguir. Você não é suficiente.” Agora, em vez disso, começo a ouvir a verdade: “Você é minha herança. Você é meu tesouro. Você foi criado para mim.”

Quando o Pai pensou em algo precioso para dar ao Filho, Ele pensou em você, pensou em mim. Isso começa a sobrepor todas as mentiras que carregamos. É assim que a transformação acontece, quando permitimos que a Palavra de Deus preencha nosso coração.

E como fazemos isso de maneira prática? Primeiro, lembre-se: a Bíblia é o único livro que lemos constantemente na presença do Autor. Por isso, quero compartilhar um exercício que tenho praticado e que pode ajudar você também.

Por exemplo, ao ler Colossenses, em trechos como “Ele é a imagem do Deus invisível”, eu paro e declaro: “Senhor, Tu és a imagem do Deus invisível. Tu és o primogênito de toda a criação. Tu me tiraste do império das trevas.” Faço isso porque estou lendo na presença do Autor. Na verdade, não apenas na presença d’Ele, mas com Ele habitando em mim.

Esse exercício de declarar a Palavra, dialogando com o Senhor, transforma a leitura em um momento de comunhão viva e profunda, permitindo que a verdade da Escritura renove nossa mente e molde nosso coração.

Quando lemos as Escrituras, fazemos isso na presença do Autor. Não se esqueça desse detalhe essencial: é como estar sentado à mesa com Ele, interagindo diretamente. Por isso, a leitura da Palavra deve ser acompanhada de oração. É nesse momento que você pode perguntar: “Senhor, o que isso significa? Não estou entendendo, revela-me mais do que estás dizendo aqui.” O Autor está sempre presente enquanto meditamos, lemos e oramos sobre a Palavra.

Agora, sobre a prática: sem pressa. Vou repetir: sem pressa. Não se trata de cumprir metas, como “essa semana vou terminar Colossenses 1”. Não há prazos. Quando você ora a Palavra, segue o ritmo que o Espírito Santo conduz naquele momento. Às vezes, você pode começar um Salmo, parar no meio e continuar no dia seguinte, ou até pular para outro trecho. Não há um cronograma rígido. O objetivo não é correr, mas se deleitar e saborear o banquete espiritual que está diante de você.

Imagine estar diante de um banquete extraordinário e devorá-lo rapidamente. Não faz sentido, certo? A ideia é saborear cada parte, se deleitar e permitir que o Senhor fale ao seu coração.

Algumas coisas que podem acontecer enquanto você ora a Palavra:

  1. Arrependimento.
    Por exemplo, ao ler um texto que diz “Agradeçam sempre”, você pode perceber a necessidade de confessar algo como: “Senhor, muitas vezes murmurei. Esqueci de todos os teus benefícios. Perdoa-me por não ter sido grato.”
  2. Gratidão.
    Ao se lembrar das bênçãos de Deus, você pode parar para agradecer: “Obrigado, Senhor, porque tens sido tão bondoso para comigo.”

Nem todos os textos serão fáceis de compreender ou de aplicar. Há passagens, como aquelas em que Davi expressa seu desejo de derrotar os inimigos, que podem parecer desafiadoras. Mas, mesmo diante de textos difíceis, você pode perguntar: “Senhor, como isso se aplica a mim? O que queres me ensinar aqui?”

O mais importante é permitir que a Palavra de Deus transforme o seu coração e renove a sua mente. Isso acontece quando nos aproximamos dela com calma, oração e o desejo sincero de ouvir a voz de Deus.

porque um monte de vezes

eu tô vivendo para mim senhor momento eu estou vivendo para mim Então me ensina Então você vai pedir ajuda Ok

arrependimento agradecimento pedir ajuda e por último você vai contemplar

você vai contemplar ele então alguns momentos vai parar e você vai enxergar ele não o Deus que você está imaginando

não Deus que você queria o Deus que tá aqui porque tem horas que é o Deus justo

que que sim que que punhos inimigos você vai contemplar a justiça de Deus e tem

horas que é um Deus que está revelando seu amor e ali graça em uma situação isso vai contemplar a graça de Deus

então o que que eu tenho feito eu queria dar essa dica para você seja sempre com um papel junto tá eu

tenho feito no meu computador eu escrevi lá assim no meu computador Jesus é dois

pontos E aí eu tô no texto e fala que ele é a imagem de Deus invisível eu escrevo lá

imagem de Deus do Deus invisível E aí tá aqui que ele é o primogênito herdeiro de

tudo eu escrevo lá herdeiro de tudo que eu tô fazendo eu tô fazendo a minha lista e tudo que eu já conheço do Senhor

gente deixa eu te fazer uma pergunta se eu falasse para você cara você tem 10 minutos para falar de Jesus aqui você

teria conteúdo para preencher 10 minutos daquilo que você conhece ele então você

vai fazer você vai encontrar os atributos de Deus para que você possa

contemplar E cada vez que você contempla se prepare meu amado você vai sendo transformado a

imagem dele toda vez que você enxerga tuas mãos Toda vez você tu és humilde Olha isso

olha essa humildade como é que você fica falando para todo mundo não conta para ninguém eu te curei não conta para

ninguém Deus

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