Jesus Cristo é a razão pela qual podemos orar com confiança, sabendo que Deus nos ouve. Isso não é algo que qualquer pessoa pode fazer. Apenas aqueles que foram salvos, através da fé em Jesus, têm esse privilégio. O que devemos entender aqui é que orar é um privilégio dado aos filhos de Deus. E isso é um privilégio imenso! Enquanto muitas pessoas podem buscar ajuda em autoridades terrenas e não obter acesso, nós, como filhos de Deus, podemos falar com Ele a qualquer momento.
E, ao contrário de um governante humano, que pode ignorar nossa petição, Deus sempre ouve e responde as orações de seus filhos. Não importa o momento, o local ou a situação; Ele está sempre disponível.
A Oração e o Pecador: Embora a oração seja um privilégio para os salvos, também devemos reconhecer que Deus não ouve a oração dos pecadores de maneira geral. Vários versículos no Antigo Testamento deixam isso claro. Em Salmos 18:41, vemos que “eles clamaram, mas não havia ninguém para salvar ao Senhor, mas Ele não os respondeu”. Da mesma forma, Isaías 1:15 nos diz que, se as mãos estiverem “cheias de sangue”, Deus não ouvirá as orações. Esses versículos nos ensinam que, quando uma pessoa está em pecado e não se arrepende, Deus não atenderá suas orações.
De fato, o conceito de oração no Antigo Testamento era muito diferente. Aquelas pessoas que persistem em desobedecer à lei de Deus não tinham acesso à Sua presença. Deus os rejeitava, pois seus corações estavam longe d’Ele. No entanto, no Novo Testamento, a situação muda radicalmente. Quando uma pessoa aceita a Cristo, recebe o perdão de seus pecados e, a partir desse momento, pode se aproximar de Deus com liberdade, sabendo que Ele a ouve e a aceita.
Em João 9:31, vemos uma distinção clara entre a oração do pecador e a oração do cristão: “Se alguém é adorador de Deus e faz a Sua vontade, a ele Deus ouve”. A oração, portanto, não salva a pessoa, mas é a expressão de uma relação restaurada com Deus, que ocorre através da fé em Jesus Cristo. O Papel da Oração na Vida Cristã: A oração, então, é uma expressão de nossa relação com Deus.
Ela não é uma mera formalidade ou um ritual a ser repetido sem entendimento, mas um meio pelo qual nos comunicamos com nosso Pai Celestial. Através da oração, não apenas buscamos coisas de Deus, mas também O adoramos, O louvamos e expressamos nossa dependência d’Ele. Orar é um ato de confiança e de reconhecimento da soberania de Deus sobre nossas vidas. Em Mateus 6:9-13, Jesus nos ensina a oração do Pai Nosso, que contém elementos essenciais para nossa comunicação com Deus.
Ela começa a adorar a Deus (“Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome”), seguida pelo pedido de Seu reino e de que Sua vontade seja feita (“seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”). Por fim, Jesus nos ensina a pedir por nossas necessidades diárias, o perdão pelos nossos pecados e a ajuda para resistir à tentação. Isso nos ensina que a oração envolve tanto a adoração e a submissão à vontade de Deus, como também os pedidos de ajuda e providência.
É incrível pensar no privilégio que temos como cristãos de poder orar e ter a certeza de que Deus nos ouve. Não importa quem somos ou o que fazemos; se estamos em Cristo, temos acesso direto ao Pai, sem barreiras, sem limitações. Não precisamos esperar em filas ou passar por intermediários. Deus, o Criador do universo, está sempre disposto a ouvir Suas crianças e responder a suas orações, de acordo com a Sua vontade. A oração é, portanto, uma das maiores bênçãos e responsabilidades que temos como filhos de Deus. É o meio pelo qual nos relacionamos com Ele, buscando Sua orientação, proteção e provisão.
Que possamos sempre aproveitar esse privilégio de nos achegar ao “trono da graça”, sabendo que nosso Pai celestial está atento às nossas petições, disposto a nos ouvir e abençoar de acordo com a Sua boa vontade.
Pedindo a Deus o que Precisamos Como vimos em Efésios 6:18, a súplica é um tipo de oração em que pedimos a Deus que supra nossas necessidades. É importante entender que Deus promete suprir nossas necessidades, e não necessariamente nossos desejos. As necessidades são aquelas coisas sem as quais não conseguimos viver, como comida, roupa e abrigo. Em contraste, os desejos são coisas que não são essenciais para a sobrevivência e que podem não fazer parte do plano de Deus para nossa vida.
Em Filipenses 4:6, somos encorajados a levar tudo a Deus por meio de oração e súplica, mas é importante notar que esses pedidos devem ser feitos com ação de graças. Isso mostra que nosso coração deve estar alinhado com a vontade de Deus—confiando que Ele proverá o que realmente precisamos, ao invés de exigir o que queremos. Contentamento: Entendendo o que Realmente Precisamos** Em **1 Timóteo 6:8**, aprendemos que as duas coisas fundamentais de que precisamos para a vida são comida e vestuário.
Esse conceito de contentamento é crucial para uma vida espiritual saudável. Muitas pessoas oram por coisas que acham que precisam, mas a perspectiva de Deus é diferente. Se temos o básico—comida e vestuário—devemos estar contentes. Tudo o que vem além disso é um bônus, não uma garantia. Isso nos ajuda a evitar a armadilha do materialismo e da cobiça, ensinando-nos a depender de Deus pelo que realmente precisamos e a sermos gratos pela Sua provisão. Devemos lembrar que “Deus sabe o que é melhor”.
Pode haver coisas que pensamos ser necessárias, mas Deus, em Sua infinita sabedoria, pode ver as coisas de forma diferente. Assim como um pai não dá tudo o que seu filho quer—porque sabe que isso pode prejudicá-lo—Deus, como nosso Pai amoroso, às vezes nos nega aquilo que pedimos porque sabe que não é para o nosso bem. A Atitude Correta na Oração: A ideia da oração como súplica não é sobre exigir algo de Deus, mas vir até Ele humildemente, pedindo o que realmente precisamos.
É importante se aproximar de Deus com a atitude certa. Em Tiago 4:3 somos lembrados que “quando pedem, não recebem, porque pedem com motivações erradas, para gastar em seus prazeres.” Se nossos pedidos forem egoístas, movidos por ganância ou desejo de nos glorificar, Deus não nos dará o que pedimos.
Nossas orações devem ser desinteressadas e alinhadas com a vontade de Deus. A atitude certa na oração é uma de humildade, confiança e submissão, Reconhecemos que Deus é soberano e que o Seu plano é melhor do que o nosso.