Orar significa dialogar com Deus. É a maneira pela qual nos aproximamos d’Ele, buscando falar e ouvir o que o Senhor tem a nos dizer. No entanto, é importante lembrar que Deus não é como qualquer pessoa; Ele é nosso Criador, o todo-poderoso, soberano sobre todo o universo. Apesar de sua imensa grandeza e santidade, Deus escolheu se importar com você e está disposto a ouvir suas orações. Ao se aproximar, reconheça suas imperfeições. Deus é cheio de bondade e misericórdia, sempre disposto a ouvir quem busca por Ele.
Jesus nos ensinou, por meio de seu exemplo, a estarmos diariamente na presença de Deus. Uma vida de oração nos aproxima do Pai e nos concede riquezas espirituais imperecíveis.
A oração é uma habilidade que se aprimora com a prática e o estudo. Até os discípulos de Jesus reconheceram a importância de aprender a orar, como descrito em Lucas 11:1, onde um deles pediu ao Mestre que os ensinasse a orar, assim como João Batista ensinou seus seguidores.
“E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos.” – Lucas 11:1.
Esse aprendizado ocorre por meio de dois caminhos complementares: o entendimento dos princípios bíblicos sobre a oração e a prática constante. O “Pai Nosso”, oferecido por Jesus como um modelo, contém elementos essenciais para guiar nossas orações diárias. Não é apenas uma oração a ser repetida, mas um roteiro que nos orienta a direcionar nossas palavras e pensamentos a Deus de forma significativa.
Como cristãos, é fundamental reconhecer e praticar diferentes formas de oração. Efésios 6:18 nos encoraja a usar “toda sorte de orações e súplicas” com perseverança e vigilância. Isso sugere uma abordagem diversificada, que abrange diferentes aspectos e necessidades na nossa vida de oração.
Adoração e Louvor: Nessas orações, focamos na grandeza de Deus, agradecendo por Suas ações (ações de graça) e exaltando Seu caráter (adoração).
Petições e Consagração: Aqui, apresentamos nossas necessidades pessoais a Deus (petição), ao mesmo tempo que nos submetemos à Sua vontade (consagração).
Intercessão: Envolve orar em favor dos outros, lembrando das necessidades do próximo como se fossem nossas.
Batalha Espiritual: A oração também serve como uma arma poderosa contra as forças do mal, reafirmando a soberania de Deus.
A eficácia da oração está baseada em princípios bíblicos fundamentais, como orar em nome de Jesus.
“Naquele dia vocês não me perguntarão nada. Em verdade, em verdade lhes digo: se pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes concederá. Até agora vocês não pediram nada em meu nome; peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.” – João 16.23-24.
Temos que orar com fé:
“Por isso digo a vocês que tudo o que pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim será com vocês.” – Marcos 11.24.
“Se, porém, algum de vocês necessita de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá com generosidade e sem reprovações, e ela lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando, pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Que uma pessoa dessas não pense que alcançará do Senhor alguma coisa, sendo indecisa e inconstante em todos os seus caminhos.” – Tiago 1.5-8.
orar com a Palavra:
“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” – 1 João 5.14,15.
Conhecer e aplicar as Escrituras em nossas orações alinha nossos pedidos à vontade de Deus.
Alguns obstáculos podem comprometer a eficácia da oração. Provérbios 28.9 e João 9.31 nos alertam sobre o impacto do pecado e a importância do temor a Deus. Para superar esses desafios, a confissão sincera e o arrependimento são essenciais (1 João 1.9).
“Quem desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” – Provérbios 28.9.
“Sabemos que Deus não atende a pecadores. Pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.” – João 9.31.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” – 1 João 1.9.
Além disso, a falta de perdão e as desavenças conjugais podem atuar como barreiras à oração.
“E, quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem, para que o Pai de vocês, que está nos céus, perdoe as ofensas de vocês. [Mas, se vocês não perdoarem, também o Pai de vocês, que está nos céus, não perdoará as ofensas de vocês.]” – Marcos 11.25-26.
“Maridos, vocês, igualmente, vivam a vida comum do lar com discernimento, dando honra à esposa, por ser a parte mais frágil e por ser coerdeira da mesma graça da vida. Agindo assim, as orações de vocês não serão interrompidas.” – 1 Pedro 3.7.
A humildade também é um aspecto fundamental, como destacado em 1 Pedro 5.5-6, que afirma que Deus resiste aos soberbos, mas concede graça aos humildes.
A oração não deve ser vista apenas como um ritual ou uma formalidade; ela é o coração pulsante da vida cristã. Através da oração, fortalecemos nossa relação com Deus, cultivamos a humildade e somos transformados.